Todos iremos para o inferno quando morrermos!

Inferno
Definição: A palavra “inferno” se encontra em muitas traduções da Bíblia. Nos mesmos versículos, outras traduções rezam “a sepultura”, “o mundo dos mortos”, e assim por diante. Outras versões da Bíblia simplesmente transliteram as palavras da língua original, que são às vezes traduzidas por “inferno”; isto é, expressam-nas com letras do nosso alfabeto, mas deixam as palavras sem tradução. Que palavras são estas? A palavra hebraica she’óhl e seu equivalente em grego haí·des não se referem a um lugar individual de sepultamento, mas à sepultura comum da humanidade morta; também a palavra grega gé·en·na, que é usada como símbolo da destruição eterna. Entretanto, tanto na cristandade como em muitas religiões não-cristãs, ensina-se que o inferno é um lugar habitado por demônios e onde os maus, após a morte, são castigados (e alguns acreditam que sejam com tormentos).
Que espécie de pessoas vão ao inferno bíblico?
Será que a Bíblia diz que os maus vão para o inferno?
Sal. 9:17, Al: “Os ímpios serão lançados no inferno* e todas as gentes que se esquecem de Deus.” (*“Inferno”, 9:18 em So 36.a ed.; “túmulo”, So, 8.a ed.; “região dos mortos”, CBC; “Seol”, IBB; “Xeol”, BJ; “Sheol”, VB, MC [9:18].)
Diz a Bíblia também que os bons vão ao inferno?
Jó 14:13, Dy: “[Jó orou:] Quem me dera isto: que me protegesses no inferno,* e me escondesses até que passasse a tua ira, e me fixasses um tempo em que te lembrarias de mim?” (O próprio Deus disse que Jó era “homem inculpe e reto, temendo a Deus e desviando-se do mal.” — Jó 1:8.) (*“Sepultura”, Al; “região dos mortos”, CBC, “Xeol”, BJ; “Cheol”, BMD; “Seol”, IBB, NM.)
Atos 2:25-27, PIB: “Davi . . . diz a seu respeito [de Jesus Cristo]: . . . porque não abandonarás a minha alma no inferno,* nem deixarás que o teu Santo experimente a decomposição.” (Não indica o fato de Deus não ‘abandonar’ Jesus no inferno que Jesus esteve no inferno, ou Hades, por pelo menos algum tempo?) (*“Inferno”, ABV, “morte”, ALA; “mundo dos mortos”, NTI; “região dos mortos”, BV; “Hades”, Al, BJ, VB, NM.)
Pode alguém sair algum dia do inferno bíblico?
Rev. 20:13, 14, Al: “Deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno* deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo.” (Portanto, os mortos serão livrados do inferno. Note também que o inferno não é o mesmo que o lago de fogo, mas será lançado no lago de fogo.) (*“Inferno”, So, LR; “região dos mortos”, BF; “o mundo dos mortos”, BLH; “Hades”, IBB, ABV, MC, BJ, NM.)
Por que há confusão sobre o que a Bíblia diz a respeito do inferno?
“Muita confusão e compreensão errônea foram causadas pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o termo hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena pela palavra inferno. A simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revisadas da Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco.” — The Encyclopedia Americana (1942), Vol. XIV, p. 81.
Os tradutores permitiram que suas crenças pessoais afetassem seu trabalho, em vez de serem coerentes em verter as palavras da língua original. Por exemplo: (1) A versão de Matos Soares, 36.a ed., traduziu she’óhl por “inferno”, “terra”, “morte”, “habitação dos mortos”, “sepulcro”, “sepultura” e transliterou uma vez por “cheol”; haí·des é também traduzido ali tanto por “inferno” como por “habitação dos mortos”; gé·en·na também é traduzida por “inferno”. (2) A versão A Bíblia na Linguagem de Hoje traduz haí·des por “inferno”, “morte”, “lugar onde estão os mortos” e “mundo dos mortos”. Mas, além de traduzir haí·des por “inferno”, usa esta mesma tradução para gé·en·na. (3) A tradução do Centro Bíblico Católico traduz haí·des por “inferno”, “região dos mortos” e “morada subterrânea”. Traduz também gé·en·na por “inferno”, além de transliterar gé·en·na por geena. O significado exato das palavras na língua original fica assim obscurecido.
O que é a ‘geena ardente’ mencionada por Jesus?
Faz-se 12 vezes menção de Geena nas Escrituras Gregas Cristãs. Cinco vezes está diretamente associada com fogo. Alguns tradutores traduziram a expressão grega gé·en·nan tou py·rós por “fogo do inferno” (Al, Ne), “inferno de fogo” (Pe), “abismo de fogo” (AT) e “Geena do fogo” (PC).
Fundo histórico: O Vale de Hinom (Geena) ficava fora dos muros de Jerusalém. Por algum tempo foi o lugar de adoração idólatra, incluindo sacrifício de crianças. No primeiro século, a Geena era usada como incinerador para o lixo de Jerusalém. Os corpos de animais mortos eram lançados no vale para serem consumidos pelo fogo, ao qual se acrescentava enxofre para alimentá-lo. Também os corpos de criminosos executados, considerados indignos de sepultamento num túmulo memorial, eram lançados na Geena. Assim, em Mateus 5:29, 30, Jesus falou a respeito de ser lançado ‘todo o corpo’ da pessoa na Geena. Ao cair o corpo dentro do fogo, que era constantemente mantido aceso, tal corpo era consumido, mas se caísse numa saliência da profunda ravina, sua carne em decomposição ficava infestada dos vermes ou gusanos sempre presentes. (Mar. 9:47, 48) Pessoas com vida nunca eram lançadas na Geena; portanto, não era um lugar de tormento consciente.
Em Mateus 10:28, Jesus avisou seus ouvintes a ‘temer aquele que pode destruir na Geena tanto a alma como o corpo’. Que significa isso? Note que não se faz menção aqui de tormento no fogo da Geena; antes, ele diz para ‘temer aquele que pode destruir na Geena’. Fazendo referência à “alma” separadamente, Jesus sublinha aqui que Deus pode destruir todas as perspectivas de vida de uma pessoa; assim, não há esperança de ressurreição para tal pessoa. De modo que as referências à ‘Geena de fogo’ têm o mesmo significado que o “lago de fogo”, de Revelação 21:8, a saber, a destruição, “a segunda morte”.
Qual é a origem do ensinamento do inferno de fogo?
Nas crenças da antiga Babilônia e Assíria “o mundo inferior . . . é retratado como um lugar cheio de horrores, e é presidido por deuses e demônios de grande força e ferocidade”. (The Religion of Babylonia and Assyria, Boston, EUA, 1898, de Morris Jastrow, Jr., p. 581) Uma evidência antiga do aspecto ardente do inferno da cristandade encontra-se na religião do antigo Egito. (The Book of the Dead, New Hyde Park, N. I., EUA, 1960, com introdução por E. A. Wallis Budge, pp. 144, 149, 151, 153, 161) O budismo, que data do 6.° século AEC, com o tempo apresentou infernos tanto quentes como frios. (The Encyclopedia Americana, 1977, Vol. 14, p. 68) Descobriu-se que gravuras do inferno, representadas nas igrejas católicas na Itália, remontam a raízes etruscas. — La civiltà etrusca (Milão, Itália, 1979), de Werner Keller, p. 389.
Mas as verdadeiras raízes desta doutrina que desonra a Deus são muito mais profundas. O conceito hediondo associado com um inferno de tormento é uma calúnia contra Deus e se origina do principal caluniador de Deus (o Diabo, cujo nome significa “Caluniador”), a quem Jesus Cristo chamou de “pai da mentira”. — João 8:44.

Fonte: Livro Raciocínios a Base das Escrituras
Publicado pela Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados da Pensilvânia – EUA
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